sábado, 8 de setembro de 2012

Tudo sobre Glutamina

 Glutamina x sistema imune   

Dr.Georgean Torina, nutricionista na Peak Welness Clinic, Greenwich, connecticut, EUA, afirma que: “foi demonstrado inequivocadamente que a administração e/ou intravenosa de glutamina ajuda a estimular o sistema imune”.
Glutamina é o combustível preferido de células no sistema imune: linfócitos e macrófagos (as células que lutam contra infecções e ajudam a eliminar escombros celulares).
Em um estudo de corredores de maratona, os atletas que ingeriram glutamina até 2 horas depois do término da maratona sofreram mais baixa incidência de infecções que o grupo de placebo (81% contra 49%).
Este aminoácido potencializa o sistema imune e ajuda a lutar contra potencias infecções ou doenças, até mesmo em indivíduos que não se exercitam.
Em casos de overtraining combinado com descanso insuficiente ou estresse excessivo, o sistema imune fica deprimido e há maior necessidade de suplementos de glutamina.

 Funções metabólicas da glutamina    
  • É um componente das proteínas e peptídeos no corpo.
  • Intervém no equilíbrio de ácido-base por ser feita de amônia.
  • É um precursor dos açúcares de amino.
  • Intervém na desintoxicação de substâncias.
  • É um transportador de nitrogênio aos tecidos (junto com alanina, é a combinação principal que transporta nitrogênio do músculo para os diferentes órgãos).
  • É regulador da síntese de glicogênio no fígado (é um aminoácido glicogênico).
  • É combustível respiratório para alguns tecidos: intestino delgado e células com um ‘turnover’ rápido (células endoteliais, células dos túbulos renais, linfócitos e fibroblastos).
  • Em determinadas situações de estresse, a homeostese de glutamina é alterada semelhantemente ao metabolismo celular normal, enquanto aumenta a necessidade de glutamina acima da capacidade que o corpo possui para sintetizá-la.

 Glutamina como combustível do cérebro   
  • Glutamina é um nutriente de cérebro e, especificamente, intervém no uso de glicose pelo cérebro.
  • Glutamina cruza a barreira cérebro-sangue.
  • Uma vez lá, é convertida no aminoácido ácido L-glutâmico.
  • Assim, a glutamina proporciona uma fonte útil de energia para o cérebro.

 É um aminoácido que favorece a hidratação   
  • Glutamina aumenta o volume da célula muscular promovendo a hidratação de seu interior (estimula a célula para capturar água).
  • Este processo está ficando conhecido como ‘voluminização celular’.
  • O aumento da hidratação do interior da célula não significa aumento na retenção de liquido, que está fora da célula, o que provocaria um aspecto flácido indesejável.
  • Embora não esteja perfeitamente claro o modo com o qual a glutamina alcança estes efeitos, alguns cientistas propuseram que o estado de hidratação das células seja fator crítico na manutenção da massa muscular.
  • Uma célula complemente hidratada é fundamental para evitar o catabolismo.

 Glutamina e a recuperação de glicogênio depois do treino   

Glutamina também pode contribuir para a recuperação de glicogênio muscular depois do treinamento, quando os níveis de glicogênio diminuíram ou foram depletados.
Em estudo executando na Universidade de Pádua, Itália, os investigadores descobriram que a glutamina tomada com o polimento de glicose provocou o acúmulo de glicogênio no fígado e nos músculos esqueléticos.
A conclusão mais importante deste estudo foi que a glutamina provou ser tão eficiente quando a solução de polímero de glicose, aumentando o glicogênio muscular depois de ter sido depletado pelo exercício.
A ingestão do polímero de glicose produziu elevação grande nos níveis de insulina que durou 30-90 minutos, enquanto a glutamina não mostrou efeito nos níveis de insulina.
Este estudo sugere que comer um alimento rico em proteína e em suplemento de glutamina é potente estimulante da re-síntese de glicogênio muscular.


 Glutamina no regulamento de glicose   

A glutamina pode se converter em glicose sem modificar os níveis de hormônios no plasma.
Estudo na Universidade de Roschester, Nova Iorque, EUA, demonstrou a importância da glutamina como regulador da glicogênese (asíntese de glicose).
Por não produzir incrementos no níveis de insulina, a conversão de glutamina para glicose não produziu efeitos lipogênicos (acúmulo de gordura).

 Função da glutamina na recuperação pós trauma   

Numerosos estudos demonstraram que a glutamina é particularmente importante depois de uma intervenção cirúrgica ou traumatismo.
Estudo recente em pacientes operados de hérnias, os indivíduos receberam 0,285 gramas de glutamina por kg de peso corporal ou um placebo. Os pacientes que foram administrados com glutamina demonstraram equilíbrio de nitrogênio superior em relação ao do grupo de placebo.
Há vários estudos que sugerem que a glutamina preserva a massa muscular em pacientes com queimaduras.